Árvore símbolo: Erva-mate
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A
erva-mate (ilex paraguaiensis ilex-mate) é uma planta nativa do Rio
Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, e Paraguai.
O uso de erva-mate
remonta aos índios guaranis que habitavam este território. Segundo
várias fontes históricas, inicialmente o mate era usado somente
pelo feiticeiro ou pajé que recebia inspiração e proteção,
atribuindo seu uso à Tupã (Deus do Trovão) que transmitia suas
virtudes através dela.
Para tomar mate, o guarani
usava o porongo, fruto de uma planta rasteira. Esse porongo, depois
de seco e cortado fornecia um recipiente, chamado em guarani caígua,
isto é, caa (erva), i (água) e guá (recipiente). A água era
servida através de um canudo de taquara chamado tacuápi: tacuá
(cana oca), api (lisa ou alisada). Este canudo apresentava na base
inferior um detalhado trançado de fibras, o bojo, impedindo que as
partículas da folha (erva) fossem ingeridas; era o protótipo da
bomba.
A cambona ou chaleira era
chamada itacuguá: i (água), tacu (quente) e guá (recipiente),
recipiente para água quente, que era de cerâmica, onde colocavam
água e esquentavam colocando pedrinhas retiradas do fogo.
Alguns
historiadores atribuem a torrefação da erva-mate (barbaquá), aos
jesuítas.
O mate logo passou dos
índios para os conquistadores, e daí para os mestiços, crioulos,
negros, açorianos e colônias de imigrantes, atravessando o tempo
como algo valiosíssimo, conservando suas caracteríticas e
confirmando a tradição popular até nossos dias.
O mate também simbolizou,
ao longo dos séculos, a hospitalidade do gaúcho, que é uma das
marcas tradicionais do nosso povo.
Pássaro símbolo: Quero-quero
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O
quero-quero tem voz extremamente estridente. Adota, às vezes, a
tática de pescar, semelhante a certas garças, espantando larvas de
insetos e peixinhos ocultos na lama, mexendo rapidamente um pé. É
comum em todo o folclore brasileiro, de Norte a Sul, participar de
cantos, estórias, tradições. Também é cantado e citado em poemas
regionais do Rio Grande do Sul.
Rui Barbosa,
em 1914, incluiu-o num discurso célebre pela vivacidade maliciosa e
originalidade da sátira. Evocou a “figura imperatória do
quero-quero, o chantecler dos potreiros. Este pássaro curioso, a que
a natureza concedeu o penacho da garça real, o vôo do corvo e a
laringe do gato, tem o dom de encher os descampados e sangas das
macegas e canhadas com o grito estrídulo, rechinante, profundo, onde
o gaúcho descobriu a fidelíssima onomatopéia que o batiza”.
Ave
tradicional dos campos gaúchos, com o chamativo de preto, branco e
cinzento na plumagem, o penacho na cabeça com cauda branca e os
olhos vermelhos. O quero-quero é facilmente encontrado em todas as
estações do ano, em qualquer parte do Estado onde existe um pedaço
pequeno de seu habitat preferido, o campo.
Vive em
casais e a fêmea normalmente põe de três a quatro ovos em campo
aberto. O casal defende rigorosamente seu território de criação,
com vôos rasantes, atacando os intrusos. Possui um esporão pontudo,
ósseo, no encontro da asa e que pode ser usado para a sua defesa.
Vê-lo
cruzando no céu ou ouvi-lo cantando ao longe é como receber
boas-vindas por estar no RS. Chamado de “Sentinela dos Pampas”,
está sempre em alerta, noite e dia, dando sinais a grande distância
de quem se aproxima.
Flor símbolo: Brinco-de-princesa
A
família botânica das Onagráceas é originária da América
Central, e no Rio Grande do Sul, ocorre nas regiões mais altas, no
Noroeste do Estado.
A
indicação da Fuchsia
regia
como flor-símbolo, foi devido o seu aspecto de grande beleza,
facilidade de cultivo e potencial paisagístico.
As flores
“brincos-de-princesa”, em sua grande maioria, cultivadas como
plantas ornamentais, são híbridas, e que se contam hoje aos
milhares.
Caracterizam-se
por serem arbustos de folhas ovais ou lanceoladas (forma de lança),
algo denteada (de bordos com entalhes perpendiculares a linha do
comprimento), opostas, caules flexíveis, que lignificam ao passar do
tempo. As flores são axilares isoladas, mas abundantes: cálice
tubular dividido em quatro sépalas e corola com quatro pétalas de
cores vermelho-arroxeadas, envolvendo a corola roxo-violeta.
São
cultivadas a pleno sol ou à meia-sombra, geralmente como plantas
isolada, apoiado em grades, colunas e postes ou em vasos e
jardineiras, como plantas pendentes. Destacam-se por se adaptar a
climas frios e a tolerar geadas. As flores são muito visitadas por
beija-flores.
Multiplicam-se
facilmente por estaquia, principalmente quando preparadas nos meses
de verão e colocadas para o enraizamento dentro de estufas. Requerem
solos com bom teor de matéria-orgânica.